Origami

Transformar uma simples folha de papel numa flor, animal, balão ou qualquer outro objeto de forma tridimensional, é um momento mágico do origami, a milenar arte oriental da dobradura de papel.
Mas além da beleza do trabalho, que gratifica quem faz e quem vê, o origami traz em sua essência uma grande filosofia de vida. "No origami a primeira dobradura deve ser muito bem feita, para que o papel possa ficar em pé. Assim também é na vida. As crianças devem receber uma boa educação, pois se não têm uma boa estrutura não conseguem parar em pé", ensina Kazuko Horiuchi, professora de origami.

O origami se tornou mais popular a partir da era Heian (794 a 1192) e atingiu seu auge no período Muromachi (1338-1392) quando foram criados cerca de 70 tipos de dobraduras. Mas foi a partir de 1868, na era Meiji, que esta arte começou a fazer parte do currículum escolar das crianças. Quando começaram a surgir os papéis coloridos, na era Taisho (1912 a 1926) é que se difundiu ainda mais os origamis recreativos e educativos.

No origami é possível se acrescentar som, movimento e volume e, com isto sua beleza ganha valor sendo enfocada como utilitário: pássaros que batem asas, rãs que saltam, um vaso de forma inusitada ou qualquer outro objeto. Hoje o origami tem sido muito utilizado no ensino básico da geometria. Esta arte também possibilita desenvolver a capacidade motora e criativa do indivíduo. Atualmente existem os mais variados tipos de origami.

Ao mesmo tempo em que as folhas de papéis começam a se transformar em objetos tridimensionais, as crianças assimilam a filosofia do origami. Aprendem, por exemplo, que no origami é preciso fazer o orimetadashitô – que significa dobrar certo. Assim, quem fizer uma dobradura firme e bela será uma pessoa respeitável, de confiança e disciplinada.